terça-feira, 5 de julho de 2016

Os sinais que emitimos

Algumas pessoas levam seus dias sem saber que cada ação que perseguem tem mais que sua óbvia intenção.
Um olhar vale mais que mil palavras. Pedir uma verificação pode ser uma ovação em pé--ou colocar para baixo. Um aperto de mãos é sempre mais do que apenas isto.
Você pensa que está apenas colocando uma blusa ou escrevendo um email ou fazendo conversa fiada, mas é claro, você também está emitindo sinais.
O que escolhemos fazer (e o que escolhemos não fazer) se torna um sinal para as pessoas ao nosso redor.
Estes sinais não são universais, são interpretados de diferentes maneiras por pessoas com diferentes visões do mundo.
Algumas pessoas estão cientes que estão emitindo sinais, mas não conseguem descobrir como emitir aqueles que realmente gostariam de emitir.
E algumas pessoas emitem os sinais propositalmente.
Empatia nos ajuda a entender o que será recebido, e a intenção melhora dramaticamente nossa efetividade.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

O que faz ser Arte

Um amigo, comentando sobre o novo prédio, "Não tenho certeza se eu o odeio ou amo! Eu quero odiá-lo mas acho que o amo..." 
Sem esta tensão, tudo que você faz é o que você já tem feito antes.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Otário (não seja enganado)

Como Bernie Madoff fez isto? Como ele roubou vinte bilhões de dólares de pessoas que deveriam saber melhor? Não importa se você foi à univesidade ou não -- você ainda pode ser enganado como um otário.
Para levar à frente uma trapaça significativa, você geralmente precisa de duas coisas: Um enganador e uma multidão de pessoas abertas a serem enganadas.
Uma vez que isto esteja presente, o enganador traz à tona a grande mentira.
Por muitas razões, pessoas estão abertas a procurar atalhos e uma nova realidade, mesmo que nenhum atalho esteja disponível. Elas podem ter sido maltratadas, podem estar lutando, ou podem ser simplesmente gananciosas, procurando superar o outro cara. No caso do Madoff, ele ainda foi capaz de fazer caridades, com quadros significativos, mas estávamos com pressa de prosseguir.
A frustração em face da forma como as coisas são nos faz abertos a grande mentira. Frustração e medo e raiva podem suspender nossa capacidade de fazer perguntas difíceis, de escutar críticas ponderadas, de fazer nosso dever de casa.
E a grande mentira está sempre presente quando somos enganados. Ser um otário (não apenas a vítima) é estar aberto a grande mentira. Não apenas aberto a ela, mas ávido para acolhe-la.
Números tornam fácil contar a grande mentira. Pessoas odeiam números, e eles parecem tão reais.
Anti-intelectualismo, desrespeito ao método científico e teorias da conspiração também preparam o palco para a grande mentira.
E demonizando o outro, aquele que já está em baixa estima ou temido pelo otário, isto é normalmente parte da grande mentira também.
Em retrospecto, os sinais de alerta em torno de Madoff eram óbvios. Qualquer cético, investidor criterioso poderiam ter visto através da grande mentira se não estivesse tão ocupado sendo um otário.
Quando a população é enganada, a responsabilidade recai sobre o mentiroso, com o vigarista, com a pessoa tão covarde que eles irão negociar confiança e produtividade e um pouco de civilização por algum poder e autoridade.
Mas o otário também tem que assumir responsabilidade. Responsabilidade de procurar o atalho, desistir perante o medo e o anseio de acreditar na grande mentira, ignorando as pistas que estão em toda parte.
Otários não estão restritos pela nacionalidade, pela educação, pela renda. Otário é uma atitude e uma escolha.
Não somos otários. Não se não escolhemos sê-los.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Dissidência desinformada

"Eu não sei o que é, mas sou contra"
É um erro acreditar que as pessoas sabem de todos os fatos antes de se decidirem.
Na verdade, na maior parte das vezes, decidimos e então descobrimos se precisamos obter alguns fatos para justificar nosso instinto.
Existem duas causas comuns de dissidência desinformada:
A primeira é uma pessoa que tem medo de mudança, ou está feliz com o status quo. Ela não precisa ler seu relatório ou fazer contas ou ouvir especialistas, porque a questão é "mudança" e a resposta dela é "não".
A segunda (bem comum em situação política), é o imperativo tribal que pessoas como nós fazem coisas como esta. Não há necessidade de analisar cientificamente, ou entender as consequências ou fazer perguntas difíceis. Ao invés disso, concentra-se nos elementos emocionais/culturais e pensa-se nos fatos depois.

Não o suficiente 'se' ou não o suficiente "então"?

Toda mudança envolve uma promessa se/então.
"SE você quer um jantar delicioso, ENTÃO tente este novo restaurante."
"SE você quer parecer como um galã, ENTÃO dirija esta Ferrari."
"SE você quer evitar morrer, ENTÃO faça esta cirurgia."
Se as pessoas não estão adquirindo sua oferta, tem duas possíveis razões:
  1. Não o suficiente SE. Pode ser que a pessoa não queira o que está prometendo tanto quanto você necessita. Pode ser que não se importam o suficiente, não pagariam tanto, ou mesmo não querem este tipo de mudança.
  2. Não o suficiente ENTÃO. Mais comum é que queremos o SE, mas não acreditamos no seu ENTÃO. É fácil dizer que você irá entregar o ENTÃO, mas não significa que você tenha credibilidade.
Em caso de dúvida, acrescente mais SE.
E definitivamente mais ENTÃO.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A falha do dizendo/fazendo

A princípio, parece que as coisas que você declara, defende e promete importam muito. E importam. Por um momento. 
Mas no fim, nós lhe julgaremos pelo que você faz. Quando o buraco entre o que você diz e o que você faz fica grande o suficiente, as pessoas param de escutar.
Os compromissos que fazemos, os clientes que assumimos, as coisas que fazemos quando pensamos que ninguém está olhando...isto é como as pessoas nos medem. 
Parece que a quantidade de tempo que leva para o buraco alcançar marqueteiros/líderes/humanos está ficando cada vez menor.

Seth Godin - http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2016/06/the-sayingdoing-gap.html

"O modo como fazemos as coisas"

Há duas armadinhas que você pode encontrar em lidar com foco e processo:
  1. Em momento de fraqueza, você assumir um projeto ou cliente que está fora de sua zona de foco. Afinal, você precisa do trabalho.
  2. Em momentos de cegueira, você falha em ampliar o que você faz, confiando na glória decadente de ontem ao invés de perceber que você está perfeitamente posicionado em ir em frente.
Em 1994, eu ignore a web, definindo nosso negócio como sendo pioneiros em email, não, mais amplamente, como pioneiros em interações digitais. Levou três anos para nos dermos conta deste erro.
Por outro lado, corremos para fazer negócios com serviços on-line como Apple e Microsoft. Não porque eles estavam em nosso foco, mas porque podíamos.
O caminho mais fácil de ver estes erros é em retrospectiva, o que, definitivamente, não nos faz bem.
A melhor forma de evitar estes dois erros é decidir regularmente (em um momento de quietude, não de pânico) o que você faz e onde você faz. Com intenção.